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O que são fundos de investimentos e como saber se são para si?
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30.04.2025
Escrito por: Bankinter
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Os fundos de investimento são um dos veículos mais populares para investidores em todo o mundo. Descubra o que são, como funcionam e se são para si.
Já ouviu falar em fundos de investimento, mas não tem a certeza do que são ou como funcionam? É compreensível. Os fundos de investimento estão entre as formas mais populares (e acessíveis!) de aplicar o seu dinheiro, mesmo que não seja nenhum expert em finanças. Neste artigo, vamos mostrar de forma simples e direta o que são, como funcionam e – o mais importante – como descobrir se fazem sentido para o seu perfil.
O que é um fundo de investimento?
Um fundo de investimento é um veículo financeiro que reúne o capital de vários investidores para ser aplicado em diferentes ativos, como ações, obrigações, imóveis ou outros instrumentos financeiros. A gestão desse capital é feita por uma entidade especializada, que define a estratégia de investimento com base nos objetivos do fundo.
Em vez de cada investidor tomar decisões individuais e gerir diretamente os seus investimentos, o fundo de investimento assume essa responsabilidade e aplica os recursos. Cada investidor adquire unidades de participação, que representam a sua quota no fundo. O desempenho do investimento depende da valorização (ou desvalorização) dos ativos que compõem a carteira do fundo.
Existem dois tipos fundamentais de fundos: abertos ou fechados. Os fundos abertos permitem a entrada e saída de investidores a qualquer momento, com possibilidade de resgatar o dinheiro (com eventuais custos e prazos). Já os fundos fechados têm um número fixo de participantes e regras mais rígidas para liquidez, normalmente com um prazo determinado para resgates.
Além disso, os fundos podem ter diferentes propósitos, consoante o perfil e as necessidades dos investidores. Existem fundos focados na valorização, mais dinâmicos e com maior risco, na preservação do capital, que seguem estratégias mais conservadoras, ou na geração de rendimento, e que distribuem rendimentos periódicos, como dividendos ou juros.
Vantagens dos fundos de investimento
Estes são os principais motivos para escolher fundos de investimento.
1. Gestão profissional
Quando investe num fundo, está a confiar o seu capital a gestores experientes, que analisam o mercado, identificam oportunidades e ajustam a estratégia conforme necessário. Isto é uma grande vantagem para quem não tem tempo ou conhecimento para gerir investimentos de forma ativa ou individual.
2. Diversificação de ativos
Os fundos investem em diferentes tipos de ativos (ações, obrigações, imóveis, etc.), o que reduz o impacto de eventuais perdas individuais. Com um único investimento, consegue uma carteira mais equilibrada e menos exposta a oscilações bruscas.
3. Liquidez (dependendo do fundo)
Nos fundos abertos, pode resgatar o seu capital quando precisar (embora com eventuais custos ou prazos). Isto dá mais flexibilidade do que outros investimentos de longo prazo, como imobiliário.
4. Conveniência e simplicidade
Investir diretamente em ações, obrigações ou outros ativos exige estudo, acompanhamento do mercado e tomada de decisões constantes. Com os fundos de investimento, tudo isso é feito por profissionais, e o investidor apenas acompanha os resultados.
Desvantagens dos fundos de investimento
Antes de começar a investir, conheça os desafios associados.
1. Falta de controlo direto
Ao investir num fundo, não decide diretamente onde o capital será aplicado. A gestão fica a cargo da sociedade gestora, o que pode ser uma desvantagem para quem prefere um controlo total sobre os investimentos.
2. Risco de mercado
Mesmo com diversificação e gestão profissional, os fundos não são à prova de bala. O valor das unidades de participação pode desvalorizar devido a crises económicas, mudanças nos juros ou outros fatores externos. Não se esqueça que os fundos de investimento nunca garantem o capital inicial ou taxas de rentabilidade.
3. Liquidez limitada em alguns casos
Enquanto os fundos abertos permitam resgates frequentes, os fundos fechados ou com regras específicas podem ter prazos mais longos para levantar o capital.
Que tipos de fundos de investimentos existem?
Os fundos de investimento variam conforme o tipo de ativos em que investem e a estratégia adotada.
1. Fundos de rendimento fixo
Nestes fundos, a maior parte do património é aplicada em títulos de dívida, como obrigações do governo ou de empresas. São recomendados para quem procura um investimento mais conservador, com menor risco de oscilação, mas também com retornos mais previsíveis.
- Exemplo de ativos: obrigações do Tesouro, certificados de depósito, papel comercial.
- Risco: baixo a moderado, dependendo da qualidade dos emissores dos títulos.
- Objetivo: preservação do capital e rendimento estável.
- Indicado para: investidores que procuram estabilidade e previsibilidade.
2. Fundos de ações
Investem maioritariamente em ações de empresas, e podem ter diferentes estratégias, como ações de crescimento, dividendos ou setores específicos. São mais voláteis, mas historicamente oferecem maior retorno a longo prazo.
- Exemplo de ativos: ações de empresas cotadas em bolsa.
- Risco: elevado, devido à volatilidade do mercado acionista.
- Objetivo: crescimento do capital a longo prazo.
- Indicado para: investidores que aceitam mais risco em troca de potencial de valorização.
3. Fundos multimercado
Este tipo de fundos de investimento combina diferentes ativos – ações, obrigações, divisas, commodities – e tem maior liberdade para mudar de estratégia conforme as oportunidades do mercado.
- Exemplo de ativos: mistura de ações, obrigações, moedas e outros instrumentos financeiros.
- Risco: moderado a alto, dependendo da estratégia do fundo.
- Objetivo: equilibrar risco e retorno com diversificação.
- Indicado para: investidores que procuram diversificação e flexibilidade.
4. Fundos de investimento imobiliário (REITs)
Os fundos imobiliários aplicam capital em ativos ligados ao setor imobiliário, como escritórios, centros comerciais, blocos de apartamentos ou hotéis. São uma alternativa para obter rendimentos periódicos através de rendas ou valorização dos imóveis.
- Exemplo de ativos: imóveis comerciais, turísticos, industriais e residenciais.
- Risco: moderado, com influência de ciclos económicos e do setor imobiliário.
- Objetivo: gerar rendimento passivo e valorização dos ativos.
- Indicado para: investidores que querem investir em imobiliário sem comprar imóveis.
5. Fundos cambiais
Este tipo de fundos de investimento inclui ativos ligados a moedas estrangeiras, como depósitos, títulos ou contratos futuros de câmbio. São úteis para proteger investimentos da desvalorização da moeda local ou para quem aposta na valorização de moedas específicas.
- Exemplo de ativos: dólar, euro, libra esterlina, ienes.
- Risco: alto, devido à volatilidade cambial.
- Objetivo: proteção contra a desvalorização da moeda local ou especulação cambial.
- Indicado para: investidores que querem exposição a moedas estrangeiras.
6. Fundos de índice (ETFs)
Os ETFs (Exchange Traded Funds) são um tipo de fundo de investimento que tem como objetivo replicar o desempenho de um índice de referência — por exemplo, o S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos, ou o PSI-20, que representa as principais empresas da bolsa portuguesa.
Na prática, quando investe num ETF, está a investir “de uma vez só” em todas as empresas que fazem parte desse índice. É como comprar um pacote com várias ações lá dentro, em vez de comprar cada uma separadamente. Isso torna os ETFs uma forma simples e eficaz de diversificar os seus investimentos, reduzindo o risco associado a apostar numa só empresa.
- Exemplo de ativos: índices acionistas ou obrigacionistas.
- Risco: depende do índice que replicam.
- Objetivo: seguir o desempenho de um índice específico.
- Indicado para: investidores que querem acompanhar o mercado.
Como escolher o fundo de investimento certo?
Pode ser tentador olhar apenas para os fundos de investimento que deram mais retorno no último ano, mas é importante não deixar de lado outros fatores igualmente importantes como objetivos, risco e liquidez. Estes são os principais critérios para escolher um fundo de investimento.
1. Defina o seu objetivo financeiro e horizonte temporal
Antes de investir num fundo, é fundamental definir qual é o seu objetivo financeiro e em quanto tempo pretende alcançá-lo. Se o foco for crescer o capital no longo prazo, fundos de ações ou multimercado podem ser mais indicados. Para quem quer proteger o valor investido, fundos de obrigações ou de mercado monetário oferecem mais estabilidade. Já quem procura rendimentos regulares pode considerar fundos imobiliários ou que distribuem dividendos. O horizonte temporal também conta: no curto prazo, é melhor priorizar liquidez e segurança; no médio prazo, equilibrar risco e retorno; e no longo prazo, aceitar mais volatilidade em troca de um potencial de valorização maior.
2. Avalie o seu perfil de risco
Cada investidor tem uma tolerância distinta ao risco, e os fundos de investimento refletem diferentes níveis de volatilidade:
- Conservador. Prioriza segurança e estabilidade, e aceita retornos mais moderados.
- Moderado. Disposto a aceitar alguma oscilação para obter ganhos superiores.
- Agressivo. Privilegia rentabilidades elevadas e tolera flutuações de mercado.
3. Analise o histórico e a estratégia do fundo
Embora o desempenho passado não garanta resultados futuros, a consistência dos retornos pode ser um indicador relevante. Algumas questões a considerar:
- Como o fundo reagiu a diferentes ciclos económicos?
- A estratégia manteve-se coerente ao longo do tempo?
- Comparado com fundos semelhantes, apresentou uma performance superior?
4. Verifique a liquidez e o prazo de resgate
A necessidade de liquidez pode ser um fator decisivo na escolha do fundo:
- Fundos abertos. Permitem resgates frequentes, pelo que são indicados para quem necessita de flexibilidade.
- Fundos fechados. O capital permanece investido durante um período específico e, por isso, pode apresentar retornos mais atrativos em troca de menor liquidez.
5. Escolha uma gestora de confiança
A qualidade da gestão é um fator determinante para o sucesso de qualquer fundo. Antes de investir, analise a experiência e histórico da equipa de gestão, a reputação da sociedade gestora e a sua abordagem ao risco, e a transparência na comunicação com os investidores.
Os fundos bem geridos apresentam uma estratégia clara e não ocultam riscos. A escolha de uma gestora com histórico consistente e uma abordagem disciplinada, como o Bankinter, pode fazer a diferença na proteção e crescimento do património.
Como subscrever um fundo de investimento
Subscrever um fundo de investimento é mais fácil do que parece. Primeiro, precisa de ter conta numa instituição financeira. Depois, é só escolher o fundo que se encaixa no seu perfil e objetivos. Normalmente, basta indicar o montante que quer investir, aceitar os termos e confirmar a operação. A partir daí, o seu dinheiro será aplicado automaticamente de acordo com a estratégia do fundo.
Após a aplicação, o acompanhamento regular permite avaliar se o fundo continua alinhado com os seus objetivos. Para isso, recomenda-se o acompanhamento periódico da rentabilidade e volatilidade, bem como a análise do comportamento do fundo face ao mercado e aos seus pares. É possível que a estratégia de gestão precise de ser ajustada periodicamente, em resposta a mudanças económicas ou diferentes necessidades do investidor
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Investir em fundos de investimento é uma forma inteligente de diversificar e rentabilizar o património com o apoio de gestão profissional. No entanto, a escolha do fundo certo e a sua monitorização exigem estratégia, conhecimento e acompanhamento especializado.
No Bankinter, disponibilizamos uma seleção criteriosa de fundos de investimento, adaptados a diferentes perfis e objetivos financeiros. Com o apoio dos nossos especialistas, terá acesso a soluções que maximizam oportunidades e protegem o seu capital, garantindo que o seu património evolui com segurança e eficiência.
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