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Dicas para comprar a primeira Casa
17.04.2025
Escrito por: Equipa Research Bankinter Portugal
Conhece todas as vantagens em comprar casa com o Bankinter.
SAIBA MAISComprar a primeira casa: 13 dicas essenciais
Com as dicas certas e os cuidados essenciais, é possível transformar esta jornada num processo seguro, consciente e até entusiasmante.
Descubra as dicas que vão ajudar a comprar a primeira casa com confiança e tranquilidade.
Cuidados a ter na compra da primeira casa
Siga estas dicas testadas para comprar a primeira casa com mais confiança. São cuidados simples que deve ter sempre em conta, por muito apetecível que pareça o negócio.
1. Calcule a sua taxa de esforço
Quanto pode gastar por mês com a nova casa? Antes de começar, é importante que tenha uma visão clara sobre o seu orçamento. Faça uma lista detalhada das suas receitas e despesas fixas, como alimentação, transportes e outras contas. A regra geral é que as prestações do crédito à habitação não devem ultrapassar os 30% da sua receita mensal. Esta é a chamada taxa de esforço, a percentagem do seu rendimento destinado ao pagamento das prestações. Se estiver dentro destes valores, não terá tanto impacto nas suas finanças pessoais.
2. Prepare um fundo de emergência
Além da mensalidade com o crédito, existem despesas com escritura, impostos (como o IMT), notários e outros custos administrativos. Por isso, é fundamental ter um fundo de emergência para eventuais imprevistos no futuro, como reparações da casa ou aumento das taxas de juro. Uma reserva financeira de 3 a 6 meses de despesas pode garantir que não cai em dificuldades financeiras caso algum imprevisto aconteça.
3. Verifique a documentação do imóvel
Nunca compre uma casa sem verificar (a fundo) toda a documentação. Certifique-se de que o imóvel tem licença de habitabilidade, que está regularizado na câmara municipal, que não tem dívidas associadas, e que está corretamente registado na Conservatória. Em alguns casos, as casas mais antigas ou as que estão em processo de reabilitação podem ter problemas legais ou estruturais. Consulte sempre um advogado ou um especialista para evitar surpresas no futuro.
4. Escolha o crédito à habitação certo
O financiamento da casa é um dos aspetos mais importantes a considerar. Existem várias modalidades de crédito à habitação, como créditos com taxa fixa ou variável. A escolha entre uma e outra depende do seu perfil financeiro e da sua tolerância ao risco.
- Taxa fixa: As prestações mensais são mais estáveis, o que pode ser vantajoso se prefere saber exatamente quanto vai pagar por mês durante toda a duração do empréstimo.
- Taxa variável: Neste caso, as prestações podem variar com as taxas de juro do mercado. Se as taxas de juro baixarem no futuro, esta modalidade pode compensar. Se subirem, o crédito é reavaliado e pode ficar mais caro.
5. Defina o montante do crédito, a entrada e o prazo de pagamento
Para além da taxa de juro, a prestação mensal que vai pagar depende de vários fatores. O primeiro é o montante do crédito, ou seja, o valor que pede ao banco para adquirir a sua casa.
O prazo do empréstimo é o tempo que terá para devolver o valor ao banco. Se optar por um prazo mais longo, as prestações mensais vão ser mais baixas, mas vai acabar por pagar mais juros no total. Já um prazo mais curto vai aumentar a prestação mensal, mas reduz os juros que paga no fim.
Por fim, quanto maior for a entrada que der, menor será o montante total do empréstimo, o que pode resultar em melhores condições, como um spread mais baixo.
6. Compare as ofertas dos bancos
Solicite simulações de vários bancos e compare a taxa de juro, comissões de abertura, seguros e custos de manutenção. Quando comparar as diferentes simulações, é importante ter em conta vários fatores. Para além da TAEG e do Montante Total Imputado ao Consumidor, não se esqueça do spread ou da taxa fixa e da prestação mensal.
7. Considere um fiador ou segundo titular
Ter um fiador pode ajudar a conseguir aprovar o crédito, especialmente se tiver rendimentos e bens suficientes para cobrir a dívida, se necessário. Além disso, considere um segundo titular. Ter outra pessoa como titular do crédito pode reduzir o risco para o banco, já que os rendimentos de ambos são somados.
8. Evite contrair outras dívidas
Durante o processo de compra da casa, é aconselhável evitar contrair outras dívidas. Empréstimos pessoais, cartões de crédito com altos juros ou financiamentos de outros produtos podem afetar a sua capacidade de pagar a prestação do crédito à habitação e podem prejudicar a sua capacidade de obter financiamento. O crédito à habitação é uma responsabilidade de longo prazo, e quanto mais estável for a sua situação financeira, mais fácil será lidar com as prestações.
9. Considere a possibilidade de transferência de crédito
Se já tem um crédito à habitação com um banco, mas encontrou uma oferta mais vantajosa, pode ser interessante considerar a transferência de crédito, um processo que permite transferir o seu empréstimo sem custos adicionais. Muitas vezes, a transferência pode reduzir as prestações mensais ou diminuir o prazo de pagamento. Mas atenção: antes de fazer a transferência, avalie as condições de cada banco e os custos de transferir o empréstimo.
10. Considere um seguro de vida
Embora seja um custo adicional, o seguro de vida associado ao crédito à habitação pode ser uma boa opção para proteger a sua família e garantir que, em caso de imprevisto (como um acidente ou falecimento), o pagamento do empréstimo será assegurado. Este seguro pode ser uma opção de boa segurança financeira, tanto para si como para a sua família.
11. Avalie o potencial de valorização
Comprar uma casa é um investimento a longo prazo. A localização, a proximidade de transportes, escolas e centros comerciais, e a qualidade da zona são fatores cruciais a considerar – e que determinam o valor atual e futuro da propriedade. Além disso, os imóveis próximos de futuras áreas de desenvolvimento ou com infraestruturas planeadas tendem a ser mais rentáveis no futuro.
12. Verifique os apoios disponíveis
Se vai comprar a primeira casa, pode ser elegível para um apoio do estado:
- Isenção de IMT e Imposto do Selo: se tiver até 35 anos, pode usufruir da isenção de IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) e do imposto do selo. Esta medida consta no Decreto-Lei n.º 48-A/2024. A isenção é total para imóveis até 316.772 euros e parcial para imóveis até 633.453 euros, mas com um limite. Para o imposto do selo, a isenção é total até 316.272 euros.
- Garantia Pública para Crédito à Habitação: os jovens até 35 anos podem obter crédito total à habitação com apoio estatal, desde que cumpram algumas condições, como não serem já proprietários e estarem dentro de um limite de rendimentos (até 81.199 euros por ano).
13. Acompanhe as mudanças na lei
O mercado imobiliário em Portugal continua dinâmico e o Governo está a tentar equilibrar a balança entre acessibilidade e rentabilidade. Entre as muitas notícias recentes está a promessa de 33.000 novas habitações até 2030 com um investimento de 2 mil milhões de euros. A ideia é proteger as famílias da espiral inflacionista dos preços. Para acelerar a oferta, também foi aprovada uma lei que permite reclassificar terrenos rurais para uso urbano – a famosa “lei dos solos”. Em teoria, isto significa mais casas acessíveis. Na prática, vai depender da ação dos municípios e dos investidores. De qualquer forma, acompanhar estas notícias de perto será fundamental para tomar uma decisão informada.
Como está o mercado imobiliário em Portugal?
O mercado imobiliário português tem demonstrado uma resiliência notável, com os preços das casas a manterem uma trajetória ascendente. Em março de 2025, o custo mediano para comprar casa situava-se em 2.775 euros por metro quadrado, refletindo um aumento de 6,3% face ao mesmo período do ano anterior.
Lisboa continua a ser a cidade mais cara, com um preço médio de 5.551 euros/m², seguida pelo Porto com 3.707 euros/m². Por outro lado, cidades como Guarda apresentam valores mais acessíveis, rondando os 833 euros/m²
Crédito habitação: o que é preciso saber
Antes de aprovar um crédito habitação, o banco avalia cuidadosamente o perfil do candidato para garantir que representa um risco controlado. Os principais critérios incluem a estabilidade e o montante do rendimento mensal — sendo que a prestação do empréstimo não deve ultrapassar 30% a 35% desse valor —, o histórico de crédito, que revela o comportamento financeiro passado, e a capacidade de endividamento, analisando todos os encargos atuais. Além disso, o valor do imóvel a adquirir é igualmente crucial, já que servirá de garantia ao empréstimo. Quanto mais sólida for a situação financeira do candidato e mais valioso o imóvel, maiores serão as hipóteses de aprovação.
Realize o sonho da sua primeira casa com o Bankinter
Comprar a sua primeira casa é emocionante, mas é essencial que faça as escolhas certas para garantir um bom investimento a longo prazo.
Se se sente inseguro ou precisa de ajuda para avaliar as melhores opções de financiamento, não hesite em contactar-nos. Com a experiência e soluções personalizadas do Bankinter, podemos orientá-lo em cada passo do processo, para que o seu sonho da casa própria se torne uma realidade segura e sem surpresas.
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