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Eventos Geopolíticos: Impacto nos Mercados Financeiros

12.04.2022

Escrito por: Bankinter

A agressão militar russa à Ucrânia e a consequente resposta por parte do mundo ocidental sob a forma de sanções comerciais e financeiras, veio confundir o panorama de evolução das principais economias mundiais. A subida muito acentuada do preço das matérias primas, sobretudo do petróleo, gás natural europeu e do trigo, promete taxas de inflação ainda mais elevadas e um ritmo de crescimento económico mais baixo, sobretudo na Europa, muito dependente da Rússia, em termos de energia.

Apesar do choque, acreditamos que a libertação total da economia mundial das garras da COVID permitirá alcançar taxas de crescimento económico acima da média em 2022, com impacto positivo nos lucros das empresas.

Qualquer evento geopolítico associado a um conflito militar gera volatilidade e muita incerteza. Mas se olharmos para os últimos 40 anos de história vemos que quedas intra anuais dos mercados acionistas superiores a 10% são mais comuns do que pensamos. Quem tenha estado investido permanentemente em ações americanas teria auferido rendibilidades superiores a 10% ao ano, durante este período. 


Alturas em que o medo e a incerteza imperam no espírito dos investidores têm sido, no passado, boas oportunidades para investir a médio prazo. Continuamos a advogar que “pensar a longo prazo” é uma das condições básicas para se ganhar dinheiro nos mercados financeiros. Nos últimos 15 anos tivemos várias lições de persistência por razões diversas, quem se manteve fiel à razão e aos indicadores que guiam os mercados a longo prazo, tem sido devidamente recompensado.

Não fizemos alterações substanciais à alocação de ativos das nossas carteiras, continuando a preferir ações em detrimento de obrigações. Optámos por realocar parte da nossa exposição a ações europeias ao mercado acionista americano, dado a menor sensibilidade da economia e das empresas dos Estados Unidos aos impactos da guerra, sobretudo no preço das commodities.