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Estratégia de Investimento Semanal (26 Novembro)

29.11.2021

Escrito por: Bankinter Portugal

O sentimento de mercado continua a ser excelente, apoiado pelos 3 pilares convencionais:

1. ciclo económico;

2. Resultados empresariais;

3. Fluxo de fundos.

Este último inclusive apesar da Fed já ter começado a redução do seu programa de compra de obrigações ou tapering e a possibilidade do BoE subir as taxas de juro a qualquer momento.

Claro que, desde sexta-feira, é menos provável que a Fed vá mais depressa com o tapering e/ou que o BoE mude alguma coisa. O medo do desconhecido, mais uma vez, irá impedi-los de mudar qualquer coisa e é por isso que, entre outras coisas, o dólar desvalorizou para acima de 1,13/€ desde os níveis abaixo de 1,12/€.

O petróleo (Brent) caiu subitamente de 82$/barril para 75$/barril face às expetativas de crescimento económico que poderão ser revistas em baixa, dependendo do impacto da nova variante sul-africana.

As bolsas estão em máximos históricos (NY) cuja sustentabilidade depende de dois fatores não convencionais, imprevisíveis e exógenos à economia: a variante sul-africana e a geoestratégia (Rússia, China).

Os resultados mais prováveis são os seguintes:

1. A nova variante requer a modificação de vacinas, mas é controlável. De facto, parece ter efeitos mais suaves, com poucas hospitalizações, e uma vacina para esta variante poderia estar disponível no prazo de 100 dias, se necessário.

2.  A Rússia ameaça mas não invade a Ucrânia

3. A China intensifica o seu isolamento do resto do mundo e esforça-se mais para controlar as suas empresas tecnológicas.

De tudo isto, o que é decisivo agora é a extensão dos danos da variante sul-africana. Embora seja um assunto imprevisível e não económico, a lógica dita que as vacinas modificadas funcionarão muito provavelmente num curto espaço de tempo e que, entretanto, as limitações à mobilidade serão de âmbito moderado e manejáveis em termos de atividade económica.

Na frente convencional e (até certo ponto) previsível, esta semana temos muitas referências:

a) Primeiros números de vendas da Holiday Season;

b) Fortes dados macro que será bom na frente americana (emprego);

c) Medíocre na frente europeia (inflação) e provável extensão do limite máximo da dívida dos EUA antes de sexta-feira ou na própria sexta-feira, o dia em que as despesas seriam bloqueadas se isso não acontecesse. Mas isso irá acontecer. 

Conclusão de tudo isto?

Que os acontecimentos desta semana fiquem ensombrados por um resultado sobre a variante sul-africana (ou seja, sobre a vacina adaptada) que será menos mau do que o que as bolsas europeias descontaram na sexta-feira (ES-50 -4,7%) e que a subida não demorará a chegar (hoje?), beneficiando mais uma vez as tecnológicas. 

Uma nota: o medo e os nervos levam a vender mal e a comprar de volta tarde.

 

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