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Estratégia de investimento semanal (09 Agosto)

09.08.2021

Escrito por: Bankinter Portugal

 

Esta semana será marcada por:

(i) A Inflação americana. É fundamental a hipótese de perder alguma inércia em relação aos +5,4% que atingiu em julho, o que é esperado. Portanto, é provável que o impacto seja positivo e poderá diminuir o receio a que a Fed se veja pressionada. Mester (Fed) comparece para falar sobre os riscos inflacionistas.

(ii) Dados macro relevantes, mas não em abundância: nos EUA, publicam-se os dados de Confiança da Universidade de Michigan e a Produtividade não Agrícola. Será razoável que, após as recentes subidas, viéssemos a assistir a uma moderação. Na Europa, o mais importante é o ZEW alemão que, embora já se encontre em níveis elevados (63,3 em julho), perdeu algum impulso em relação aos 84,4 que alcançou em maio.

(iii) O Plano de Infraestruturas alcança os 1,0B$ que serão investidos ao longo de oito anos, dos quais 550M$ são fundos novos. Este fim-de-semana, o Senado concordou em avançar para a votação final, o que na prática significa preparar o caminho para o seu acordo final. Algo que poderá acontecer entre hoje e amanhã. O impacto é positivo porque significa novos estímulos fiscais para a economia.

(iv) A temporada de resultados está praticamente concluída, mas empresas como a eBay, Eon, RWE ou Walt Disney ainda têm que apresentar os seus resultados. Até à data, 443 empresas já publicaram os seus resultados e o aumento do EPS é de +93,9% vs 65,9% esperado no início e 86,5% superaram as estimativas. Excelente.

(v) Estarão presentes vários membros da Fed, entre eles Bostic, Barkin, Mester e Esther George. As suas declarações serão importantes, especialmente depois dos dados de Emprego da 6ªfeira. Kaplan afirmou que será a favor de ajustar as compras de ativos cedo, embora de forma gradual.

De forma consistente, é provável que a inércia se mantenha em alta numa semana marcada por reduzidos volumes de contratação e talvez alguma volatilidade. O sentimento de mercado é bom e isso é o importante. Vê-se impulsionado pela reativação económica, o apoio dos bancos centrais e os resultados empresariais. Tudo isto, proporcionou vários máximos históricos nos índices combinados com múltiplos de valorização ainda atrativos em termos relativos (Obrigações e Imobiliário). O mercado acionista é o protagonista e este verão está a ser um bom exemplo disso.