Estratégia de Investimento Semanal (03 Dezembro)

 

O aparecimento da variante Ómicron numa altura em que alguns países já estavam a restabelecer as restrições devido ao vírus alimentou os receios de uma desaceleração económica.

Ao longo da semana vimos como, apesar do aparecimento de casos em vários países, as empresas farmacêuticas no geral antecipam que as suas vacinas e medicamentos serão eficazes contra a nova variante, ou pelo menos contra os seus sintomas mais graves.

De facto, a variante Ómicron não alterou os roteiros importantes no panorama económico: 

1. Powell, na sua dupla comparência perante a Câmara dos Representantes dos EUA, prevê uma aceleração do tapering ou uma redução mais rápida das compras de obrigações;

2. A OPEP mantém o calendário de aumento da produção; 

3. A China continua a exercer pressão regulamentar sobre as suas empresas, aumentando a possibilidade de proibir a cotação das suas empresas tecnológicas nos mercados estrangeiros.

Sessão de menos a mais na Europa e Estados Unidos à medida que as notícias positivas por parte das farmacêuticas surtem efeito e a tomada  de benefícios desacelera.

Semana de poucas referências macro e empresariais:

Destacam indicadores adiantados como o ZEW alemão e a Confiança do consumidor da Universidade de Michigan e, sobretudo, o IPC de Novembro nos EUA.

O ZEW acusará o ressurgimento do vírus e os problemas de fornecimento para uma economia com elevado peso de manufatura, enquanto a confiança do consumidor nos EUA continuará apoiada na melhoria de emprego e salários.

O mais relevante será o IPC de Novembro nos EUA na sexta-feira. Superar o 6,7% esperados levaria a prever uma maior aceleração do ritmo de retirada da Fed.

Em suma, esperamos una semana de estabilização e de trânsito até à próxima na qual, após as últimas reuniões do ano dos principais bancos centrais, teremos mais indicações acerca dos ritmos previstos de retirada de estímulos.