Diretor da Bankinter Gestión de Activos comenta evolução das taxas de juro, o preço do petróleo e a situação energética na Europa

Na habitual coluna de opinião que assina no Jornal de Negócios, o diretor da Bankinter Gestión de Activos destaca a decisão da Reserva Federal americana em manter as suas taxas de juro diretoras, corroborando o sentimento de mercado de que o ciclo de subida de taxas mais vertiginoso de que há memória tinha acabado. Para José Miguel Calheiros, “embora mantendo um discurso conservador, que não fecha portas a eventuais subidas, se a inflação não regressar ao intervalo dos 2%-3%, é de esperar que esta postura wait and see promova um enquadramento benigno para as obrigações de taxa fixa nos próximos trimestres”.

Outro dos temas abordados pelo diretor da Bankinter Gestión de Activos é o impacto negativo do regresso do preço do petróleo aos valores que se registavam no final do ano passado, decorrente das restrições impostas à produção pela OPEP+ e pela queda a pique da capacidade de produção na Venezuela. O diretor da Bankinter Gestión de Activos prevê que a eventual manutenção destes preços pelos próximos meses motive consequentemente uma possível revisão em baixa das expetativas de crescimento económico mundial para 2024. 

O gás natural na Europa foi outro dos assuntos destacados por José Miguel Calheiros, recordando que no ano passado os futuros de gás natural transacionavam a cerca de €170 per MWh, perspetivando-se um Inverno muito duro para os consumidores europeus. “Aos dias de hoje, e com um outono que se antecipa mais quente do que a média, o preço não ultrapassa os €50 per MWh, com a boa notícia de que o nível de stocks, em particular na Alemanha, se encontra perto dos máximos”, salienta o diretor da Bankinter Gestión de Activos, chamando ainda a atenção para a prossecução dos esforços para reduzir a dependência do petróleo e gás russo nos próximos anos.

Leia o artigo na íntegra no Jornal de Negócios em: Bull & Bear: Wait and see mode