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TOTALENERGIES - Apresenta resultados 4T 2024 piores do que o esperado.
05.02.2025
Escrito por: Equipa Research Bankinter Portugal
TOTALENERGIES (Vender; Pr. Objetivo: 60,7€; Fecho: 57,02€; Var. Dia: +1,9%; Var. 2025: +6,8%)
Apresenta resultados 4T 2024 piores do que o esperado, afetados pela queda da procura e menores preços do petróleo. Resultados trimestrais comparados com o consenso de mercado (Bloomberg): Receitas 52.508M$ (-11,3%) vs. 47.459M$ estimado; BNA 4.019M$ (-20%) vs. 4.261M€ estimado; EPS 1,72$ vs. 1,85$ estimado. A Produção de Hidrocarbonetos alcança os 2.427kboe/d vs. 2.409kboe/d no 3T 2024. A sua Dívida Líquida situa-se em 10.930M$ (8,3% sobre capital) vs. 17.762M$ no fecho do 3T 2024 (12,9%). Em relação à remuneração ao acionista, propõe um dividendo de 3,22€/ação, o que implica um aumento de +7,0% vs. 2023 e confirma o seu programa de recompra de ações por 2.000M$ trimestrais (1,4% capitalização bursátil). Em relação às guias, Totalenergies estima que os investimentos situar-se-ão em 17.000M$ vs. 18.000M$ estimado em outubro, enquanto a produção de hidrocarbonetos aumentará +3% em 2025. Link para os resultados (em inglês).
Opinião do Bankinter
Resultados fracos durante o trimestre e um pouco piores do que o estimado, afetados pela queda da procura e por menores preços do petróleo. Embora este efeito seja parcialmente compensado pelas maiores vendas de eletricidade e trading de gás natural liquefeito. No conjunto do ano, ocorre uma queda significativa de todas as áreas de negócio, à exceção de eletricidade, o que implica uma redução de lucro em 2024 vs. 2023 de -26%. Em coerência, ocorre uma redução do RoE até 15,8% vs. 20,4% do 4T 2023. A boa notícia procede do endividamento, visto que consegue uma redução significativa no trimestre, embora seja consideravelmente superior ao ano anterior (rácio de endividamento 8,3% vs. 5,0% em 2023). Na nossa opinião, Totalenergies é uma empresa sólida com elevada rentabilidade por dividendo, saldo saneado e diversificação geográfica. Não obstante, a falta de atrativo do setor leva-nos a manter recomendação em Vender. Reiteramos a nossa visão negativa sobre o petróleo bruto, afetado pela desaceleração económica da China, a sobreprodução mundial, principalmente dos EUA, economias mais eficazes (cada vez se precisa menos de petróleo bruto) e o auge das energias limpas.