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UPS - As más guias e o acordo com a Amazon penalizam a empresa.
31.01.2025
Escrito por: Equipa Research Bankinter Portugal
UPS (Fecho: 114,9$; Var. Dia: -14,1%; Var. 2025: -8,9%)
As más guias e o acordo com a Amazon penalizam a empresa, apesar dos bons resultados 4T 2024. Principais resultados face ao consenso (Bloomberg): Receitas 25.300M$ (+2% a/a) vs. 25.390M$ esp.; EBIT 3.100M$ (+11% a/a) vs. 2.903M$ esp.; BNA 2.360M$ (+12% a/a) vs. 2.162M$ esp. e EPS 2,75$ (+11%) vs. 2,53$ esp. No conjunto de 2024, os resultados são os seguintes: Receitas 91.100M$ (+0% a/a) vs. 91.100M$ guidance e 91.162M$ esp.; EBIT 8.894M$ (-10% a/a) vs. 8.661M$ esp.; BNA 6.615M$ (-12% a/a) vs. 6.411M$ esp. e Margem Operacional 9,8% vs. 9,6% guidance e 9,5% esperado. Além disso, anuncia o pagamento do dividendo trimestral de 1,64$/ação, equivalente a 6,56$ para o conjunto do ano 2025 (+0,6% a/a e 5,7% dividend yield). Por último, espera em 2025 receitas de 89.000M$ vs. 94.904M$ esperado pelo consenso de Bloomberg e uma Margem Operacional de 10,8% vs. 10,6% esp. Link para os resultados (em inglês). OPINIÃO: Más notícias para a transportadora. Os resultados do trimestre são bons, especialmente a surpresa positiva do BNA graças à política de cortes de custos. Contudo, o que penalizou a empresa foram as más guias dadas e o acordo com Amazon. Em primeiro lugar, UPS continuará a ver-se penalizado este ano pela transferência de alguns dos seus clientes para serviços de transporte terreste mais baratos, oferecidos pela própria empresa. Por outro lado, anuncia uma redução dos volumes em mais de 50% para o 2S 2026 com o seu principal cliente (Amazon). A empresa de ecommerce está progressivamente a ampliar a sua própria rede de entrega de encomendas, o que faz depender cada vez menos de outros prestadores como UPS, e esta última prefere clientes que lhe sejam mais rentáveis. Esta última parte encaixa com a política que está a desenvolver desde 2020 (sob o lema “Better, not bigger”) em que prioriza o crescimento de margens acima do volume. Neste próximo trimestre, poderão oferecer as primeiras previsões para 2026, mas de momento antecipam que continuarão com os cortes de custos, investimento em automatização e potenciar negócios com margens superiores, como o negócio farmacêutico (esperam alcançar 20.000M$ de Receitas neste segmento em 2026). Em suma, más perspetivas para a empresa para 2025, que também contagiou o seu principal concorrente FedEx (-2%).