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Estratégia de investimento semanal (25 de Fevereiro)

28.02.2022

Escrito por: Bankinter

Bolsas: “Seguindo o senso comum, é altura de diminuir a exposição…mas sem sobre-reação. Powell (Fed), protagonista… depois da Rússia.”


Foi a semana da invasão russa da Ucrânia e isso conduziu o mercado. Tudo o resto foi acessório.

Foi a semana da invasão russa da Ucrânia e isso conduziu o mercado. Tudo o resto foi acessório. Quinta-feira com fortes recuos na Europa, mas com uma reação tranquila em Nova Iorque, que acabou por recuperar bastante (S&P500 +1,5% quinta-feira e +2,2% sexta-feira), após 4 dias de recuos durante o prelúdio da invasão russa. Por esse motivo, na quinta-feira reduzimos -10% da exposição recomendada em todos os perfis de risco, como dissemos que faríamos caso houvesse uma invasão, e que passaram a: 70% Agressivo; 55% Dinâmico; 40% Moderado; 25% Conservador; 15% Defensivo. E logo na sexta-feira, a Europa recuperou, com Wall St. a avançar de novo, de forma surpreendente. Desta forma, o balanço semanal foi bastante mais favorável do que o esperado, tendo em conta as circunstâncias, especialmente nas obrigações, cuja reação foi realmente suave. Após um movimento inicial de valorização, voltaram praticamente aos valores anteriores à invasão russa. Até o petróleo sofreu uma correção na sexta-feira, tendo deixado a barreira psicológica dos 100$/b., onde se manteve durante quarta e quinta-feira, embora tenha depois recuperado. A reação do mercado foi menos violenta que o esperado. 


A Rússia e Powell (Fed) são as principais referências.

Esta semana, além do desfecho Rússia/Ucrânia temos Powell, mas além de Powell não há praticamente mais nada relevante, embora seja publicada muita informação macroeconómica. Esta ficará relegada para segundo ou terceiro plano. O mais importante agora é, seguindo o senso comum e como resposta a um aumento do risco do mercado, reduzir ligeiramente a exposição às bolsas, algo que nós já fizemos na quinta-feira passada, e favorecer as empresas petrolíferas (Repsol, ENI, Galp), de matérias-primas, infraestruturas (REE, Enagás) e cibersegurança (Fortinet, Crwodstrike, Palo Alto). Pelo menos durante algum tempo e como medida preventiva até que a situação geoestratégica e o mercado, como consequência da mesma, estabilizem. Brevemente será evidente outra vez que os bancos são a oportunidade de 2022, especialmente os europeus. Por isso, o mais importante desta semana são as comparências semestrais de Powell (Fed) no Congresso e no Senado, na quarta e na quinta-feira, uma vez que este será pressionado para esclarecer se a invasão russa da Ucrânia pode alterar a profundidade ou o calendário da estratégia de saída da Fed: QE, taxas de juro e balanço. Devemos ter presente que, se deixarmos a um lado a geoestratégia, as seguintes referências chave são as reuniões do BCE (dia 10), da Fed (16), do BoE (17) e do BoJ (18) porque o importante é saber se os seus planos mudaram ou não. Disso dependem tanto a autoconfiança do mercado após a invasão russa como que os bancos recuperem o seu atrativo. Hoje a sessão apresenta-se com quedas, mas é provável que estas vão diminuindo ao longo do dia. Não podemos esquecer que Nova Iorque recuperou na semana passada (S&P500 +0,8% e Nasdaq-100 +1,3%)…