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Estratégia de Investimento Semanal (14 de Abril)

17.04.2023

Escrito por: Bankinter

Bolsas: “Agora resultados empresariais e, em breve, o fim das subidas de taxas de juro. Melhoria progressiva. Subimos a exposição.”

:: Na semana passada o saldo foi novamente positivo (S&P500 +0,8%; ES-50 +1,9%), após a semana anterior ter sido fraca, como uma exceção negativa pontual (muito pouco negativa: -0,1%, tanto na Wall St. como na Europa), sem outra razão que não fosse a prudência antes da publicação iminente (quarta-feira 12) de um dado de inflação dos EUA, do qual dependia o tom do mercado das semanas seguintes. Felizmente, na quarta-feira estes dados não só saíram bem (+5,0% desde +6,1%), mas melhor do que o esperado (+5,1%/+5,2%), ainda que as expetativas fossem francamente otimistas. Portanto, embora na quarta-feira passada as bolsas tenham tido uma queda ligeira (S&P500 -0,4%) após a publicação da inflação, rapidamente recuperaram e na quinta-feira com algum entusiasmo, particularmente a tecnologia (Nasdaq-100 +2% na quinta-feira e +0,1% na semana) e o luxo (semana: LVMH +7,7%; Hermès +5,5%) ... que são 2 dos setores que recomendamos especificamente. As obrigações estão algo caras e assim continuarão porque o fim da subida das taxas de juro aproxima-se (início de maio/meados de Junho). Tudo bom, portanto. 

:: O tom tanto nesta semana como na próxima dependerá de como os primeiros resultados empresariais dos EUA do 1T 2023 continuam a sair (também alguns resultados europeus, tais como SAP e ASML), especialmente por parte dos bancos. Os primeiros, já publicados na sextafeira passada, foram francamente bons: JPMorgan (EPS 4,10$ (+52%) vs 3,38$ esperados), Wells Fargo (1,23$ vs 1,13$) e Citi (1,86$ vs 1,49$). As referências macro desta semana, que na realidade também temos, terão pouca influência, porque serão aborrecidas e tépidas: Terça-feira ZEW alemão (15,2 vs 13,0), quinta-feira Indicador Adiantado dos EUA (-0,7% vs - 0,3%) e Sexta-feira PMIs Industriais na maior parte do mundo, que irão melhorar de forma modesta, mas ainda permanecendo na zona de contração (i.e. abaixo dos 50 pontos). Por isso, o mercado será impulsionado pelo fluxo de resultados. Mas mesmo que comecem bem, o que é provável tendo em conta os já publicados na sexta-feira, o mercado preferirá esperar alguns dias para ver a qualidade de um saldo mais amplo e representativo do que atual. Isto significa que os movimentos nos próximos dias serão suaves e restritos, em compasso de espera, que se traduzirão num aplanamento, com um risco reduzido de quedas. Enfrentamos uma curta fase de espera que provavelmente conduzirá a outra curta fase de recuperações modestas mas progressivas até 3/4 de maio, quando saberemos se a Fed/ECB irão subir as taxas de juro pela última... ou penúltima vez, na pior das hipóteses. É o mais provável que aconteça. Não nos parece mal porque nos leva a um Verão confortável, que não significa agressivamente em alta, mas improvavelmente em baixa. Os saldos de 2023, até hoje, já são suficientemente bons (S&P500 +7,8%; Nq-100 +19,6%; SOX +21,3%; ES-50 +15,7%...), de modo que este cenário para o Verão deverá sobretudo dar suporte aos níveis já alcançados em vez de proporcionar subidas mais generosas. Claro que, no caso de este padrão não se confirmar, será porque continua a subir. Não se pode pedir mais .... Assim, tendo em conta tudo isto e o facto de a inflação americana publicada na semana passada ter desacelarado mais do que o esperado, cumprimos com o nosso compromisso: aumentamos a exposição recomendada a ações, de forma linear, +5% em todos os perfis de risco até 20% Defensivo, 25% Conservador, 45% Moderado, 55% Dinâmico e 75% Agressivo. E acreditamos que este não será o último aumento de exposição que vamos implementar em 2023, mas isso dependerá da evolução dos acontecimentos.