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Estratégia de investimento semanal (08 Outubro)

11.10.2021

Escrito por: Bankinter Portugal

A erraticidade continua a dominar.

 

 

O fundo de mercado não mudou e continua a ser claramente favorável às bolsas. A liquidez continua a ser abundante, as perspetivas para os resultados empresariais mostram elevados crescimentos e é evidente a falta de alternativas de investimento com um binómio de rentabilidade/risco mais atrativo. Ainda assim, é impossível que as bolsas não sintam as repercussões dos problemas que surgem em várias frentes e que leva a um movimento de zig zag nos principais índices.

A tudo isto juntam-se uns dados de emprego americano mistos (a Criação de Emprego dececiona, mas a Taxa de Desemprego supera as expetativas e baixa mais do que o esperado) que não pressionam a Fed para acelerar o tapering.

Esta semana, os bancos dão início à época de resultados nos EUA. O consenso estima um avanço do EPS medio do S&P500 superior a +28% YoY e +15,5% vs 2019. Os primeiros a publicar serão os grandes bancos americanos, uma das recomendações sobre a que temos vindo a insistir nos últimos meses. As nossas preferências são: JP Morgan (+34% YTD), Bank of America (+46%), Morgan Stanley (+46%) e Citigroup (+17%). Vão publicar bons resultados, apesar do facto de a base de comparação começar a ser menos favorável, e serão impulsionados pelo aumento das yields e pelo tapering.

Além disto, será divulgado o ZEW alemão, que se vai moderar. Nada surpreendente. Segue os passos do IFO e terá um impacto limitado no mercado. As Vendas a Retalho nos EUA terão maior relevância; estas deverão cair afetadas, muito provavelmente, pelas disrupções das cadeias de fornecimento. O fundamental será o IPC de setembro. O cenário ideal seria uma moderação, mas pensamos que o mercado encaixaria bem uma consolidação de níveis pois isso não invalidaria a mensagem de transitoriedade da inflação, e, portanto, não reduziria a flexibilidade da Fed para definir uma estratégia de saída (tapering). Um mau dado, ou seja, um aumento do IPC, provocaria uma reação inequivocamente negativa para bolsas e obrigações. Surgiriam temores a um endurecimento do tom da Fed. No entanto, este não é o nosso cenário central. Se tudo correr como esperamos, o logico será observar uma certa recuperação da confiança das bolsas e um saldo semanal positivo. Ligeiro e inseguro, não exempto de volatilidade, mas positivo.