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Saiba como a atividade física pode ter um papel transformador na vida individual e coletiva
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05.04.2024
Escrito por: Ideias que Contam
A 6 de abril celebra-se o Dia Mundial da Atividade Física (e também, noutro contexto, o Dia Internacional do Desporto para o Desenvolvimento e a Paz), o que constitui um bom pretexto para dar início a uma semana para refletir sobre a importância do exercício na nossa saúde física, mental e intelectual. Inspire-se neste artigo e seja ativo! É sabido que a prática regular de desporto afeta positivamente a qualidade de vida das pessoas, ao proporcionar benefícios físicos, emocionais e intelectuais. O exercício físico ajuda a fortalecer os músculos, a melhorar a saúde em geral, previne doenças, controla o peso e aumenta a resistência. Emocionalmente, o desporto contribui para reduzir o stresse, a ansiedade e a depressão, promovendo uma sensação de bem-estar e de reforço da autoestima. Intelectualmente, o movimento estimula a função cognitiva, melhorando a concentração, a memória e a capacidade de aprendizagem. Apesar de todos estes benefícios, o último Eurobarómetro Especial 525, sobre Desporto e Atividade Física (2022), revela que tanto as mulheres como os homens portugueses estão longe das médias europeias, mostrando que somos um dos países mais sedentários. No caso das mulheres, a participação é menor: 80% contra 75% dos homens, mas ainda assim superior à média europeia de 65 e 57%, respetivamente. Em contrapartida, aqueles que praticam algum tipo de exercício preferem, sobretudo, as atividades ao ar livre. A conclusão semelhante já havia chegado, também, o estudo “Os Portugueses e o Sedentarismo” da Fundação Portuguesa de Cardiologia, cujos resultados mostraram que mais de metade dos entrevistados confessou praticar menos de 1h30m de exercício físico por semana, com as mulheres a serem mais sedentárias do que os homens. No entanto, o corpo humano não foi feito para estar parado, necessitando de movimento regular para funcionar em pleno. Ciente da importância que o desporto tem para a saúde e o bem-estar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros organismos internacionais e nacionais fazem regularmente recomendações sobre a quantidade e o tipo de atividade física que as pessoas devem realizar frequentemente , lembrando que toda a atividade conta ─ seja a que faz parte do trabalho, do lazer ou transporte (caminhando ou pedalando, por exemplo), bem como das tarefas diárias e domésticas ─, que qualquer quantidade é melhor do que nenhuma, e que quanto mais, melhor. Para uma boa saúde e bem-estar, a OMS recomenda, pelo menos, 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes. Nas diretrizes para Atividade Física e Comportamento Sedentário, direcionadas para todas as populações e grupos etários dos 5 aos 65 anos e idosos, independentemente do sexo, origem cultural ou nível socioeconómico, esta agência da Nações Unidas refere que quatro a cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse fisicamente mais ativa, apelando a que os países desenvolvam políticas nacionais de saúde baseadas em evidências e apoiem a implementação do Plano de Ação Global da OMS para a Atividade Física 2018-2030 - “Mais Pessoas Ativas para um Mundo mais Saudável", cuja principal meta é reduzir a inatividade em 15% até ao final da década.