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Apresentação de Resultados 1T23

20.04.2023

Escrito por: Bankinter

Bankinter com resultados líquidos de 185 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 20%, com forte crescimento em todas as suas rubricas.

 

- As rubricas da conta de resultados crescem de forma expressiva, impulsionadas por um efeito favorável das taxas, maiores volumes de negócio e uma atividade comercial mais orientada para produtos de investimento: margem de juros: +63,2%; margem bruta: + 23,3%; e margem de exploração antes de provisões: +35,8%.

- A carteira de crédito a clientes cresce 5%, a um ritmo maior do que a média do setor.

- A rentabilidade sobre os capitais próprios, ROE, alcança os 13,7%, situando-se nos níveis mais elevados dos últimos anos, com um ROTE de 14,5%.

- O Bankinter Portugal cresce em todas as rubricas da conta de resultados, registando um resultado antes de impostos de 43 milhões de euros, mais 177% do que no mesmo período do ano passado.

 

O Grupo Bankinter iniciou o exercício de 2023 a consolidar a sua atividade em todas as linhas de negócio, cada vez mais diversificadas, e nas diferentes geografias em que o banco opera. Isto traduz-se num crescimento substancial de todas as rubricas da conta e no correspondente crescimento do resultado, apesar do impacto económico do novo imposto sobre o setor bancário em Espanha e um contexto de mercado não isento de dificuldades.

Assim, o Grupo Bankinter alcançou a 31 de março de 2023 um resultado antes de impostos de 294,4 milhões de euros, mais 37,4% do que no primeiro trimestre de 2022, e um resultado líquido de 184,7 milhões de euros, que representa um crescimento de 19,7% face ao mesmo período do ano passado, apesar do pagamento do novo imposto cobrado neste primeiro trimestre ao setor financeiro em Espanha, que se fixou nos 77 milhões de euros. 

Nessa mesma tendência, todas as rubricas da conta de resultados registaram melhorias importantes no período comparado, o que evidencia a rentabilidade e eficiência do negócio, a qualidade dos ativos do banco e uma solvabilidade reforçada.

Assim, a rentabilidade sobre os capitais próprios, ROE, dos últimos doze meses cresceu até aos 13,7% face aos 9,8% de há um ano, situando-se nos níveis mais elevados dos últimos anos e numa posição destacada dentro do setor, com um ROTE de 14,5%.

Por sua vez, o rácio de capital CET1 fully loaded alcançou os 12,2%, o que representa uma diferença de 4,5 pontos percentuais relativamente ao mínimo exigido ao Bankinter pelo BCE, que é de 7,73%, o valor mais baixo entre a banca cotada em Espanha.

Quanto ao rácio de morosidade, situou-se nos 2,18%, menos 2 pontos-base do que há um ano, com uma cobertura sobre essa morosidade que cresceu até aos 66,5%. Este rácio de mora situou-se nos 2,4% em Espanha, face à média de 3,56% do setor, de acordo com dados de janeiro do Banco de Espanha.

O rácio de eficiência melhorou de forma substancial até aos 35,7%, face aos 41,6% registados no mesmo período do ano passado. Relativamente aos dados de Espanha, este rácio situou-se nos 33,8%, também em posições destacadas no setor.

Relativamente à liquidez, importa assinalar que o volume de depósitos continua a estar acima do volume de créditos, com um rácio de 102,6%, e com uma LCR (Liquidity Coverage Ratio) média dos últimos doze meses que se situou nuns confortáveis 198%.
 

Dados do Balanço.

Os ativos totais do Grupo concluíram o trimestre nos 105.945,8 milhões de euros, valor inferior em 4,4% face há um ano.

A carteira de crédito a clientes chegou aos 73.074,7 milhões de euros, representando um crescimento de 4,9% no período comparado. Relativamente a Espanha, o crescimento da carteira de crédito foi de 1,7%, enquanto o setor registou uma descida média de 0,8%, de acordo com dados de fevereiro do Banco de Espanha.

Quanto aos recursos de clientes de retalho, concluíram o primeiro trimestre com um volume de 74.262,3 milhões de euros, com uma descida de 1,2% face ao valor registado no final do ano, como resultado de uma transferência de depósitos para outros produtos de valor, como produtos de renda fixa ou fundos de investimento, cujo património cresceu de forma muito significativa neste trimestre: 3.100 milhões de euros de crescimento no património de renda fixa e 1.500 milhões de euros de crescimento em fundos de investimento. Se considerarmos um horizonte temporal mais alargado, verificamos que os recursos de clientes de retalho cresceram a um ritmo muito consistente, multiplicando-se por 1,8 nos últimos dez anos.

 

Rubricas da conta de resultados.

Todas as rubricas da conta de resultados registaram crescimentos muito significativos, fruto da subida das taxas de juro, de maiores volumes de negócio e de uma atividade comercial mais orientada para produtos de investimento que aportam maior valor para o cliente e que geram paralelamente mais comissões.

A margem de juros deste primeiro trimestre de 2023 alcançou os 522,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 63,2%, com uma margem de clientes que acentuou a sua tendência de subida, especialmente nos dois últimos trimestres.

Por sua vez, a margem bruta situou-se a 31 de março nos 615,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 23,3%, apesar do impacto na conta de resultados produzido pelos maiores custos regulatórios, que somam o equivalente a 14% dessa margem bruta, com peso especial do novo imposto em Espanha sobre a banca, cujo valor ascendeu a 77 milhões de euros, pagos integralmente neste trimestre.

22% desta margem bruta provém das receitas de comissões de serviço, que somaram nestes primeiros três meses 153 milhões de euros, mais 4%, com especial crescimento das comissões provenientes de atividades como o negócio de cobranças e pagamentos e de intermediação de títulos, entre outras.  

Quanto à margem de exploração antes de provisões, somou no primeiro trimestre 396,3 milhões de euros, com um crescimento no período em análise de 35,8%, depois de absorver custos operativos que subiram 5,7%, embora de forma muito inferior ao crescimento das receitas.
 

Crescimento equilibrado em todas as geografias e negócios.

A atividade de negócio do banco adaptou-se às mudanças de tendência da conjuntura, provando que o banco é capaz de orientar a sua estratégia em função do momento e das necessidades dos clientes. Tudo isto num contexto de alta competitividade no setor, elevada volatilidade e incerteza económica.

O negócio de Empresas, que representa o maior contributo para as receitas do Grupo, apresenta um crescimento da carteira de crédito de 2,9% em comparação com os valores do primeiro trimestre de 2022, com um volume de 30.300 milhões de euros. Se nos focarmos apenas na carteira de crédito a empresas em Espanha, o crescimento foi de 1,3%, embora o setor tenha descido 0,8% no seu conjunto, segundo os dados de fevereiro do Banco de Espanha.

O volume de linhas do Instituto de Crédito Oficial (Espanha), alcançou um montante disponibilizado de 5.800 milhões de euros, de onde se destaca um rácio de mora de 4,2%.

No âmbito dos segmentos de Empresas, continua a ser relevante a boa evolução da atividade internacional, que contribui cada vez mais para a margem bruta, com um volume de crédito de 7.600 milhões de euros, mais 11% face ao valor registado no final de março de 2022. Novos serviços, como o denominado “Supply chain finance”, estão a registar uma excelente adesão entre os clientes, depois de alcançar um crescimento no volume de 90% em comparação com os valores no final do ano.

Quanto ao negócio da Banca Comercial, o crescimento da atividade de gestão e captação de novos clientes realizou-se de forma paralela nos dois grandes segmentos de clientes nos quais se estrutura a área de particulares. Na Banca Patrimonial, que agrupa os clientes com maior potencial económico, o volume de património gerido ascendeu aos 53.900 milhões de euros, mais 6% relativamente ao valor registado no final de março de 2022, ou seja, mais 3.200 milhões de euros. Relativamente à Banca Retail, que engloba o resto dos clientes, o património chegou quase aos 42.300 milhões de euros, mais 1.900 milhões de euros do que há um ano, representando um crescimento de 5%. Os dois segmentos, Banca Patrimonial e Banca Retail, somam um património global de 96.200 milhões de euros no final de março.

Nas diferentes categorias de produtos de investimento, destaca-se o bom desempenho dos fundos de investimento. Os fundos da Bankinter Gestión de Activos crescem mais de 1.000 milhões de euros relativamente ao primeiro trimestre de 2022, representando uma subida de 9,7%, e os fundos de investimento de terceiros cresceram 1,6%, ou seja, mais 303,2 milhões de euros.

A conta ordenado mantém a capacidade de captação de um produto que marcou tendência ao longo dos seus mais de 10 anos de existência, com um saldo que se situava em 15.300 milhões de euros a 31 de março.

Do lado do ativo, a carteira de hipotecas residenciais somou no final deste primeiro trimestre um volume de 34.300 milhões de euros, agrupando o negócio hipotecário de todas as geografias, face aos 32.000 milhões de euros registados há um ano. O crescimento da carteira hipotecária em Espanha foi de 1,9%, comparando ambos os primeiros trimestres, 2023 vs 2022, face aos dados setoriais que em fevereiro decresciam 1,1%.

Durante este primeiro trimestre de 2023, a nova produção hipotecária, incluindo todas as geografias e marcas do Grupo, somou 1.700 milhões de euros, mais 2% do que no primeiro trimestre do ano passado.

O desempenho da atividade comercial foi um êxito em todos os países em que o banco está presente, com especial destaque para Portugal em termos de balanço e crescimento das rubricas da conta de resultados. A carteira de crédito do banco neste país chegou aos 8.400 milhões de euros, com um crescimento anual de 17%. Os recursos de clientes cresceram 5% até aos 6.600 milhões de euros. A conta de resultados registou bons crescimentos em todas as rubricas, com uma margem de juros 114% superior à de há um ano e uma margem bruta 79% acima. Assim, e apesar de um ligeiro aumento dos custos, o resultado antes de provisões situa-se nos 50 milhões de euros (+159%) e o resultado antes de impostos alcança os 43 milhões de euros, o que representa um crescimento de 177%.

O negócio da filial de consumo, Bankinter Consumer Finance, também refletiu a dinâmica da sua atividade comercial. A carteira de crédito ascende a 5.700 milhões de euros, 50% acima da de há um ano. Do total desta carteira, 2.800 milhões de euros correspondem a empréstimos ao consumo, que cresceram 37% no ano, e 1.600 milhões de euros correspondem a hipotecas comercializadas na Irlanda sob a marca Avant Money, que consolida os seus dados nesta filial. A carteira hipotecária neste país cresceu 179% num ano. 

A marca Avant Money somou em termos globais, incluindo as hipotecas, um volume de crédito de 2.300 milhões de euros, 102% acima do valor registado há um ano, com um rácio de mora de apenas 0,4%.

Relativamente ao EVO Banco, a marca digital do Grupo, evidencia os resultados de uma bem-sucedida campanha comercial, baseada na captação de clientes de marcado perfil digital. O volume da carteira de crédito alcançou os 2.967 milhões de euros no final do primeiro trimestre, 48% acima dos valores verificados há doze meses. Só neste primeiro trimestre de 2023, a nova produção hipotecária do EVO Banco foi de 299 milhões de euros, mais 64% do que no primeiro trimestre do ano anterior.