Bankinter obtém resultados de 418 milhões de euros até junho, mais 54%, com crescimentos em todas as linhas de negócio e filiais do Grupo

20.07.2023

Escrito por: Bankinter

• O Bankinter cresce em todas as rubricas da conta de resultados de forma muito expressiva: mais 60% na margem de juros e mais 33% na margem bruta, em resultado da evolução dos juros e de uma maior dinâmica na captação de negócio e de clientes.
 O Bankinter reforça o seu balanço com crescimentos, tanto na carteira de crédito a clientes (+3%) como nos recursos, especialmente os geridos fora do balanço, que crescem 12%.
• A rentabilidade dos capitais próprios, ROE, cresceu para 15,5%, o nível mais alto dos últimos anos, com um ROTE de 16,4%.
• O Bankinter Portugal continua a registar um importante crescimento na sua atividade com clientes, obtendo um resultado antes de impostos de 85 milhões de euros no primeiro semestre de 2023.


20/07/2023 - O Grupo Bankinter conclui o primeiro semestre de 2023 consolidando o crescimento em todas as linhas de negócio e nas diferentes geografias em que opera, nas quais continuou a ampliar a sua quota de mercado, com crescimentos tanto no volume de negócio como em novos clientes. Consequentemente, o banco regista um crescimento expressivo das rubricas da conta de resultados, assim como dos próprios resultados, e melhora em todos os rácios, o que reflete a rentabilidade e eficiência do seu negócio.

Assim, o Grupo Bankinter alcança a 30 de junho de 2023 um resultado antes de impostos de 625,2 milhões de euros, mais 67,2% do que há um ano, e um resultado líquido de 417, 9 milhões de euros, o que representa um crescimento de 54,2% relativamente ao mesmo período de 2022, apesar de no primeiro trimestre deste ano o banco ter efetuado na totalidade o pagamento correspondente ao novo imposto sobre o setor financeiro em Espanha, que ascendeu a 77,5 milhões de euros.

Entre os diferentes rácios da conta de resultados, a rentabilidade dos capitais próprios, ROE, situa-se nos 15,5% face aos 10,1% de há um ano, com um ROTE de 16,4%, valores que se situam entre os melhores do setor financeiro.

Quanto ao rácio de capital CET1 fully loaded alcança os 12,3%, com uma diferença de 4,5 pontos percentuais acima do mínimo regulatório exigido ao Bankinter, que é 7,73%, o valor mais baixo entre os bancos cotados em Espanha.

O rácio de morosidade mantém-se em níveis muito bons, 2,2% face aos 2,1% de há um ano, e com uma melhoria substancial da cobertura de morosidade, que passa dos 64,7% de há 12 meses para os atuais 66,3%. Em Espanha, o rácio de mora é de 2,5%, que compara bem face aos dados do setor até abril deste ano, nos 3,55%, de acordo com o Banco de Espanha.

O rácio de eficiência a 30 de junho melhora substancialmente para níveis relevantes no setor financeiro, atingido os 35,4%, que compara de forma muito positiva com o valor de há um ano, que era de 44,4%. Se considerarmos apenas os dados relativos a Espanha, este rácio melhora ainda mais, situando-se nos 33,4%. 

Relativamente à liquidez, o banco mantém um volume de depósitos acima do volume de créditos, com um rácio de 105,5%, estando inclusive acima do volume registado no final do ano, que era de 102,8%

Dados do Balanço

Os ativos totais do Grupo situam-se a 30 de junho de 2023 nos 110.099,4 milhões de euros.

A carteira de crédito a clientes alcança o valor de 74.597 milhões de euros, quase mais 3% do que há um ano. Relativamente à carteira de crédito em Espanha, o crescimento é de 0,4%, num contexto de abrandamento desta atividade, que levou a uma descida média de 2,1% do crédito no setor, de acordo com os dados até maio do Banco de Espanha.

Quanto aos recursos dos clientes do retalho, o valor registado a 30 de junho é de 77.958,5 milhões de euros, apenas 0,5% acima do de há um ano, ainda que muito superior ao valor verificado no final do ano de 2022, que foi de 75.200 milhões de euros. Destaque para o importante crescimento em produtos de investimento, com maior valor agregado para os clientes, como os de renda fixa ou os fundos de investimento e de pensões. Assim, o total de recursos geridos fora do balanço (fundos de investimento próprios ou de terceiros, fundos de pensões e gestão patrimonial/sicavs) crescem 11,9%.

Rubricas da conta de resultados

Todas as rubricas da conta de resultados registam crescimentos notáveis, em linha com a tendência observada no primeiro trimestre do ano, fruto da evolução favorável das taxas de juro e de maiores quotas de atividade comercial, que melhoraram tanto a atração e captação de negócio como a sua orientação para produtos de valor, com capacidade para gerar maiores receitas.

No final de junho, a margem de juros alcança os 1.068,3 milhões de euros, valor que é 60,5% superior ao de há um ano, com uma margem de clientes que continua a crescer em comparação com trimestres anteriores, refletindo uma boa gestão dos diferenciais.

Quanto à margem bruta, situa-se nos 1.277,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de 32,7% relativamente ao valor registado a 30 de junho de 2022. As comissões líquidas representam um contributo para a margem bruta, excluindo o imposto sobre a banca, de 22%. Estas comissões ascenderam a 303 milhões de euros no primeiro semestre. Trata-se de um valor que se mantém nos mesmos termos de há um ano.

Relativamente à margem de exploração antes de provisões, situa-se nos 825,7 milhões de euros, o que representa uma subida de 54,3%, depois de absorvidos custos operacionais que são 5,7% superiores aos do período anterior, mas, em qualquer caso, são inferiores ao crescimento das receitas.

Um negócio rentável, diversificado e em crescimento

Todas as linhas de negócio do banco, nacionais e internacionais, registam um desempenho extraordinário, tanto as atividades mais consolidadas como as criadas mais recentemente, onde o Bankinter continua a aumentar a sua quota de mercado. Além disso, e dadas as mudanças verificadas no contexto económico e as novas necessidades dos clientes, o banco reorientou a sua estratégia comercial, agora mais focada nos produtos de valor, capazes de proporcionar, com o devido aconselhamento, um melhor retorno do investimento. 

No negócio de Empresas, que representa o maior contributo para as receitas do Grupo, o Bankinter consolida a sua carteira de crédito com um valor de 31.200 milhões de euros, mais 0,5% do que há um ano, apesar das dificuldades anteriormente referidas. Se nos focarmos apenas na carteira de crédito a empresas em Espanha, verifica-se uma ligeira descida de 0,5% no período analisado, ainda que no setor se verifique uma descida bastante maior: um decréscimo de 2,2%, de acordo com os dados até maio do Banco de Espanha.

No âmbito dos segmentos de Empresas, existem áreas de negócios que mantêm uma forte dinâmica. É o caso da atividade da Banca Internacional, com uma carteira de crédito que alcança já os 8.000 milhões de euros, 3% acima da de há um ano. Serviços como a intermediação nos fundos next generation da UE, ou outros especialmente inovadores como o denominado “Supply chain finance”, estão a consolidar uma boa evolução e a registar uma excelente adesão entre os clientes. Este último, “Supply chain finance”, triplicou o seu volume de negócio em comparação com o valor registado no final de 2022.

Relativamente ao segmento de particulares, ou da Banca Comercial, reflete, por um lado, as mudanças na orientação comercial motivadas por um novo contexto de mercado e, por outro lado, a capacidade do banco para atrair negócio e clientes, especialmente nos segmentos mais procurados, como são os de maior património, onde se regista uma forte concorrência.

Neste sentido, o património gerido dos clientes da Banca Patrimonial, os de maior potencial económico, ascende já aos 55.400 milhões de euros, o que representa um crescimento de 11% relativamente ao valor verificado há um ano, com um património líquido novo de 2.400 milhões de euros captado só neste semestre. Quanto à Banca Retail, que engloba os outros clientes, o património gerido ascende aos 44.000 milhões de euros, 7% acima do valor registado a 30 de junho de 2022. O património líquido novo captado no semestre foi de 1.500 milhões de euros.

Em resumo, o património depositado no banco, no final de junho, pelos clientes de ambos os segmentos ascende a 99.400 milhões de euros, mais 6.900 milhões do que o património gerido no final de 2022, estando perto de alcançar já os 100.000 milhões de euros.

Analisando a tipologia de produtos dos clientes da Banca Comercial, verificamos que o negócio de gestão de ativos continua a mostrar robustez, como consequência de uma maior procura por estes produtos por parte dos clientes. Assim, os fundos de investimento próprios crescem 15,1%; os fundos de terceiros crescem 14,5%; os fundos de pensões crescem 7,7%; enquanto o negócio de gestão patrimonial e sicavs se mantém estável comparativamente ao ano anterior, com uma ligeira descida de 0,2%.

Quanto às contas ordenado, produto essencialmente captador e porta de entrada do banco para muitos clientes, regista-se um crescimento de 5% no número de contas ano a ano, o que significa que cada vez mais clientes são utilizadores deste produto, ainda que se verifique paralelamente uma descida de 13% dos saldos depositados, que reflete na sua maioria uma transferência para outro tipo de produtos.

No lado do ativo, a carteira de hipotecas residenciais soma no final de junho 34.400 milhões de euros, incluindo os valores de todo o Grupo Bankinter, face aos 32.800 milhões de euros de há um ano. A carteira hipotecária do banco em Espanha regista um crescimento de 0,4% face a uma descida de 2,4% no setor, de acordo com os dados até maio do Banco de Espanha.

Quanto à nova produção hipotecária gerada neste primeiro semestre do ano, 2.900 milhões de euros, viu-se afetada pelas debilidades do mercado imobiliário e o aumento dos juros, o que motivou uma descida de 16% relativamente à nova produção do primeiro semestre do ano passado.

Relativamente a algumas das geografias em que o banco opera, todas elas na União Europeia, o Bankinter Portugal continua a mostrar-se como um negócio muito rentável, com todos os seus indicadores de atividade com clientes, rubricas da conta de resultados e resultados em constante crescimento.

A carteira de crédito em Portugal alcança os 8.500 milhões de euros, mais 14% do que há um ano, dos quais 5.900 milhões são referentes à Banca Comercial e 2.600 milhões dizem respeito à Banca de Empresas. Quanto aos recursos dos clientes, alcançam os 6.900 milhões de euros, mais 6%. Todas as rubricas da conta de resultados registam um importante crescimento: a margem de juros semestral situa-se nos 118 milhões de euros, o que representa mais 116% do que no mesmo período de 2022. Relativamente à margem bruta, o crescimento é de 81%. No final do semestre, o resultado antes de impostos do Bankinter Portugal chega aos 85 milhões de euros, mais 184% do que há um ano.

O Bankinter Consumer Finance, a filial do banco dedicada ao negócio do consumo, consolida a sua posição nesta atividade. A carteira de crédito alcança pela primeira vez os 6.000 milhões de euros, mais 39% relativamente a junho de 2022. Deste valor, 4.300 milhões de euros correspondem a produtos de consumo, empréstimos pessoais e cartões, e o restante, 1.700 milhões de euros, correspondem a hipotecas na Irlanda, comercializadas nesse país através da marca Avant Money, um valor que é 92% superior ao de há um ano. 

A marca Avant Money alcança já uma carteira de crédito, que inclui a carteira hipotecária, de 2.500 milhões de euros, com um crescimento de 64% relativamente a junho de 2022, com um rácio de mora insignificante de 0,4%.

Quanto à marca digital do Grupo, EVO Banco, colhe os frutos de uma estratégia comercial muito consistente, com bons produtos, bons preços, e facilidade e rapidez no acesso e na contratação. A carteira de crédito soma a 30 de junho deste ano 3.165 milhões de euros, 38% acima do valor de há 12 meses. Durante este primeiro semestre contrataram-se novas hipotecas no valor de 536 milhões de euros, 15% acima das hipotecas contratadas no primeiro semestre de 2022.

Sustentabilidade.

Importa ainda destacar a atividade desenvolvida pelo Grupo Bankinter no âmbito da Sustentabilidade, sendo o banco uma entidade especialmente reconhecida a nível mundial.
Atendendo às três dimensões (Ambiental, Social e Governo Corporativo) que constituem esta atividade, destaca-se, ao nível da dimensão de Governo Corporativo, o facto de o banco ter voltado a renovar recentemente a sua presença no índice britânico FTSE4Good, um dos mais importantes do mundo e do qual o Bankinter faz parte desde o seu lançamento. 

Na dimensão Ambiental, assinala-se que a carteira de financiamento em energia apresenta uma posição sólida, uma vez que 88% do financiamento a empresas deste setor corresponde a iniciativas e projetos de energias renováveis.

Relativamente à dimensão Social, destaca-se o reconhecimento público que o programa “Bankinter Te Cuida” obteve em Espanha, por parte do Instituto Nacional de Seguridad y Salud en el Trabajo, que avaliou de forma muito positiva esta iniciativa pioneira, destinada a dinamizar o bem-estar dos colaboradores do banco.