Empresas aumentam aposta no mercado externo

Saiba como pode internacionalizar o seu negócio.

O coronavírus travou o ciclo de crescimento económico que as empresas atravessavam e, mesmo que 2021 tenha tudo para continuar a ser um ano desafiante para os portugueses e para a economia em geral, a estratégia de recuperação já está em curso. Segundo as projeções do Banco de Portugal, o PIB irá sofrer um crescimento de 3,9% em 2021 e de 4,5% em 2022, depois de uma contração em 2020 de 7,6%.
Não obstante a difícil conjuntura que vivemos desde março do ano passado, muitas empresas portuguesas têm mostrado ser capazes de enfrentar as adversidades impostas pelo vírus.  Houve até quem conseguisse fazer crescer ou criar negócios de sucesso em plena pandemia, comprovando que em tempos de crise a necessidade aguça o engenho. Adaptação, resiliência e capacidade de inovação são as palavras de ordem que mantêm as empresas no bom caminho, ao criarem novos produtos e novos processos (cada vez mais digitais) e ao investirem na internacionalização e capacidade em obter investimento estrangeiro.

Exportar Portugal

Assista ao seguinte vídeo e saiba quais as vantagens da internacionalização, os dados mais relevantes nesta área e as projeções para o futuro. 

Seis passos para internacionalizar a sua empresa

 1. Identifique as barreiras que estão a impedir a sua empresa de crescer.

Fazer uma autoanálise das condições da sua firma e do mercado é fulcral, assim como apurar o valor da mesma no mercado internacional. Faça uma “análise swot”, através da identificação das forças e fraquezas da organização e das oportunidades e ameaças do mercado estrangeiro. É preciso ter em consideração os riscos e saber se a empresa está preparada para cumprir com a procura do mercado internacional e se a internacionalização poderá ser considerada uma força;

 2. Saiba que tipo de produto ou serviço vai oferecer e perceba como poderá adaptá-lo às necessidades do mercado onde pretende atuar (cada mercado tem as suas particularidades).

Cada mercado tem também as suas leis e, muitas vezes, há burocracia a respeitar, pelo que pode ponderar recorrer a especialistas nestes assuntos. Pode colocar-se a si próprio estas questões: em que países o meu produto poderá ter êxito? Será atrativo para potenciais clientes? No fundo, não basta o produto ser popular no mercado doméstico, terá que ser apelativo para clientes estrangeiros;

 3. Analise os vários modelos de internacionalização.

Pode optar pela exportação (direta, ocasional, através de agente internacional ou através de agente nacional) e/ou pelo investimento direto (joint venture com parceiros locais, estabelecimento de sucursal e/ou filial própria, escritório de representação em mercados internacionais ou presença no estrangeiro através de uma unidade de produção/fabrico);

 4. Crie um plano de internacionalização onde estejam apontados todos os passos:

as ações, os pontos a melhorar e as estratégias a adotar, assim como os objetivos da empresa e perfil de cliente de cada mercado, orçamento necessário, produtos ou serviços a exportar e sua calendarização. Estabelecer um preço para exportação também é fundamental;

 5. Avalie a concorrência.

Se quer que o seu produto vingue lá fora, terá que perceber se há espaço para si e se o que quer oferecer consegue competir com o que já existe – caso exista. Estar atento à concorrência faz com que tenha uma melhor perceção das oportunidades que pode vir a ter no mercado internacional;

 6. Pondere recorrer a apoios e ferramentas que as instituições portuguesas têm à disposição para ajudar no processo de internacionalização.

Veja abaixo alguns desses apoios. 

Apoios à internacionalização

Através da AICEP e de outras instituições, há apoios às empresas portuguesas que querem entrar nos mercados externos. Enumeramos alguns: 

Plataforma Exportar Online

Um dos recursos disponíveis para agilizar a Internacionalização através do e-commerce é o programa Exportar Online, que visa contribuir para uma internacionalização digital de sucesso das empresas portuguesas através da sensibilização, capacitação e consultoria às organizações. Os objetivos do programa centram-se em aumentar as exportações e a diversificação de mercados das empresas portuguesas; aumentar o número de empresas que utilizam o comércio eletrónico como ferramenta de internacionalização; fomentar o conhecimento sobre o comércio eletrónico e incrementar a visibilidade da oferta portuguesa nos canais online. Aceda aqui.

Rede Externa   

A Rede Externa é uma ferramenta avançada na identificação de novos negócios, mercados e potenciais investidores no nosso país. É uma vasta rede, integrada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, para apoiar a sua empresa no seu esforço de internacionalização ou atividade exportadora. Consulte aqui. 

Informação económica e regulamentar sobre mercados externos

Esta ferramenta permite conhecer um novo país, a sua economia, as suas oportunidades e condições legais para abordar o novo mercado, burocracia inclusive. Há mais de 100 mercados externos disponíveis para análise, basta percorrer o mapa. Consulte aqui.

Feiras e exposições internacionais 

A participação em feiras internacionais é uma boa forma de iniciar o caminho para a internacionalização da sua empresa e criar contactos. A AICEP disponibiliza uma plataforma de apoio à participação das organizações portuguesas neste tipo de eventos, com o objetivo de fomentar o negócio internacional e promover a oferta nacional. Veja aqui as ações que estão em curso e como se poderá inscrever. 

Bancos e apoios financeiros  

Saiba junto do seu banco quais as soluções disponíveis para apoiar a sua empresa na importação ou exportação, nomeadamente soluções de pagamento e recebimento, financiamento e antecipações, entre outros recursos para minimizar o risco da operação. A AICEP disponibiliza também um conjunto de apoios financeiros à internacionalização (linhas de crédito, seguros de crédito, capital de risco ou financiamentos multilaterais), que pode consultar aqui. 

Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento (SOFID)

A SOFID está vocacionada para o financiamento de projetos de investimento em países emergentes e países em vias de desenvolvimento. É também um meio privilegiado na conceção, acesso e gestão de apoios comunitários. Veja mais aqui.