Imagen

Seis dicas para manter os seus dispositivos a salvo de piratas informáticos

19.07.2022

Escrito por: Ideias que Contam

Guardamos algumas das informações mais importantes da nossa vida no smartphone, no tablet ou no computador, mas será que fazemos tudo para proteger estes dispositivos? Descubra como manter os seus dados e os seus dispositivos protegidos.

 

Todos os anos aumenta o número de pessoas e de dispositivos conectados à internet, uma tendência que não surpreende num mundo cada vez mais digital – atualmente, são cerca de 4,7 mil milhões de cidadãos em todo o globo. No entanto, isto significa também que são cada vez mais aqueles que estão expostos aos riscos, como ciberataques, roubo de passwords e informações pessoais (phishing) ou sequestro de dados pessoais sob resgate (ransomware). Aliás, de acordo com os últimos números do Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República, as denúncias de vítimas de phishing e burlas duplicaram em 2021.  

O crescimento das queixas às autoridades tem-se verificado desde 2019, quando já se registavam 193 denúncias – em 2020, subiram para 544 e, no ano passado, para 1160 participações. Segundo os dados, os ataques de phishing são os mais comuns e, por norma, procuram obter informações de cartões de crédito ou até mesmo de acesso às plataformas digitais dos bancos. Portugal está, inclusive, entre os países com mais ataques deste tipo, segundo o relatório da Kaspersky referente a 2020, que coloca o país em segundo lugar no top internacional, atrás do Brasil. 

Embora o aumento de ataques informáticos tenha sido, em grande medida, impulsionado pela pandemia e por um maior número de utilizadores ligados à internet, a verdade é que ser vítima não é uma inevitabilidade. Tal como em outras dimensões da vida quotidiana, utilizar a internet e todos os seus serviços implica adotar precauções, muitas vezes simples, que podem fazer a diferença entre ser ou não atacado. A literacia digital é, de resto, um tema cada vez mais prioritário para os diferentes governos e para a própria União Europeia (UE), que todos os anos publica o Índice de Digitalização da Economia e da Sociedade (DESI, na sigla em inglês). A última edição, de 2021, coloca o país na 16.ª posição entre os 27 Estados-membros, ainda que aponte que “o desempenho de Portugal em termos de competências digitais básicas é inferior à média da UE”. 

Mas o que podemos fazer para evitar ciberataques? Reunimos um conjunto de sugestões e dicas para proteger os seus dispositivos e, acima de tudo, os seus dados. 

1. Instale um antivírus

Nada como começar pelos procedimentos mais elementares: instalar um antivírus. Pode parecer estranho, mas a verdade é que os dados da Eset, empresa de segurança digital, indicam que 60% dos utilizadores não usa este tipo de proteção no seu smartphone. Hoje em dia, é possível adquirir um antivírus multiplataforma que pode usar em todos os seus dispositivos, nomeadamente telemóveis, tablets e computadores. Desta forma, garante uma camada extra de proteção para todos os seus movimentos na internet, independentemente do dispositivo que utiliza. 

2. Alguma vez mudou a password do router?

Este é um dos erros mais comuns em todo o mundo. Desde o momento em que instala uma nova infraestrutura de rede em sua casa, a maior parte dos utilizadores não altera a palavra-passe do router, tornando-o mais vulnerável a ciberataques. O risco é que alguém com más intenções possa infiltrar-se na rede da sua casa e, dessa forma, penetrar em todos os dispositivos que estiverem conectados. Se utiliza soluções de automação doméstica, os hackers podem, inclusive, ganhar controlo dos seus eletrodomésticos, do sistema de alarme e até abrir e fechar a porta de casa. 
Para alterar a password, basta procurar detalhes sobre como fazê-lo junto do seu operador de telecomunicações – aqui se for cliente MEO, aqui se for cliente NOS, aqui se for cliente Vodafone ou aqui se for cliente Nowo. 

3. Cuidado com as redes wi-fi públicas

Não há nada mais prático do que chegar a uma esplanada ou a um jardim e ligar o seu dispositivo a uma rede wi-fi gratuita. Porém, ao fazê-lo está a correr riscos sérios de segurança, uma vez que qualquer outra pessoa na mesma rede poderá tentar intercetar os seus dados. Por isso, o melhor mesmo é evitar conectar-se a estas redes públicas, mas se tiver mesmo de fazê-lo não aceda às suas plataformas bancárias digitais, a contas nas redes sociais ou ao seu email. 

4. Mantenha os dispositivos atualizados

Esta é outra dica básica, mas extremamente importante para se manter a salvo de ataques informáticos. Seja no computador, no smartphone ou no tablet, é fundamental que mantenha os seus dispositivos sempre atualizados com a mais recente versão do sistema operativo. As ameaças no mundo virtual estão sempre a evoluir e à medida que uma versão do sistema operativo vai ficando desatualizada, os piratas informáticos conseguem encontrar formas de contornar os sistemas de segurança. Assim, se mantiver os seus dispositivos atualizados conseguirá evitar ameaças mais sérias. 

5. Passwords à prova de bala

Cada vez que se regista numa plataforma ou serviço digital, tem de criar uma nova palavra-passe e todos sabemos a dor de cabeça que isso é – uso a password de sempre? Uma variação da password habitual? E como me vou lembrar de mais uma password entre tantas? Na verdade, há solução para todas estas questões. Antes de mais, é preciso compreender que uma palavra-passe à prova de bala implica a combinação de uma série de caracteres, incluindo minúsculas e maiúsculas, números e símbolos. 

E porque não é fácil decorar combinações tão complexas, pode sempre recorrer a um gestor de palavras-passe – se tiver um dispositivo Apple ou Android, existe um gestor integrado que pode guardar os seus dados de login e preenchê-los automaticamente através da introdução do código de segurança, da impressão digital ou do reconhecimento facial. Em alternativa, pode sempre instalar um gestor de passwords de confiança. Igualmente importante é ativar sempre a autenticação de dois fatores, para uma camada extra de segurança. 

6. Não entregue os seus dados

Atualmente, os dados digitais são muitas vezes apontados pelos especialistas como “o novo petróleo” pelo valor que transportam. Por isso mesmo, é essencial protegê-los o mais possível e evitar que terceiros tenham acesso não autorizado a essas informações. Para isso, é importante que decore uma regra fundamental: o seu banco nunca lhe vai pedir – por email, telefone ou SMS – os seus dados de acesso à plataforma de homebanking. Por outro lado, é importante ter cuidado com as réplicas dos sites e verificar sempre a autenticidade da plataforma a que está a tentar aceder. A melhor dica que podemos dar é que verifique sempre o endereço que aparece no seu navegador de internet e procurar pequenas variações. Por exemplo, se o endereço de internet terminar em .pt, verifique se é assim que ele aparece no navegador ou se aparecem variações como .net ou online.pt. Muitas vezes, os piratas informáticos criam réplicas dos sites e mudam apenas o endereço. Outro cuidado que deve ter é clicar no símbolo do cadeado que aparece na barra de endereços do seu navegador, que lhe permitirá verificar a identidade do site a que está a aceder.

 

Estatítisticas ciberataques Estatítisticas ciberataques